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O aquecimento global e suas causas: conheça os setores econômicos mais poluentes

Atualizado: 1 de set. de 2023

Diante do exponencial aumento da emissão de gases do efeito estufa (também denominados GHG) a partir da Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII, a humanidade tomou ciência dos efeitos degradantes de sua atividade para o chamado sistema climático.


É importante repisar que o efeito estufa é um fenômeno natural e que, quando não havendo interferências anormais em seu funcionamento, garante a existência de vida no Planeta Terra. Basicamente, o funcionamento deste fenômeno proporciona a manutenção da temperatura do globo da forma em que conhecemos, uma vez que sem a sua ocorrência teríamos uma média global de -30ºC.



Entretanto, quando fatores externos passam a participar deste sistema, os efeitos são modulados. No caso, a emissão antrópica de GHG atua no efeito estufa causando uma maior retenção da radiação solar, que por sua vez aumenta a temperatura terrestre, provocando o que se compreende hoje como emergência climática e seus efeitos devastadores, a exemplo do aumento da temperatura histórica que vem sendo verificado nas últimas semanas em diversos países, a exemplo das regiões do Sul da Europa e México.


Por este motivo é de suma importância que se tenha a compreensão de quais são as principais fontes de GHG relacionadas à atividade humana. Em uma abordagem histórica ou a partir de uma análise recente, os Estados com maiores quantidades de emissões podem variam, entretanto, as atividades relacionadas a essas emissões se mantém as mesmas.


Os setores de energia, agricultura, alteração do uso do solo e desmatamento, resíduos e processos industriais são os principais responsáveis pelas emissões antrópicas. Destaca-se que em uma perspectiva global, o setor de energia representa cerca de 75% (setenta e cinco por cento) dos gases do efeito estufa resultantes da atividade humana. Ainda, importante citar que este setor econômico destacado é integrado pela área de transporte, eletricidade e geração de calor, edifícios, fabricação e construção, emissões fugitivas e outras queimas de combustível.[1]


Porém, a realidade brasileira é díspar desta análise realizada a nível global. A partir de estudos realizados pelo Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG)[2], iniciativa do Observatório do Clima, nota-se que em território brasileiro os setores que devem ser visualizados com maior atenção são o de agricultura e mudança do uso do solo e desmatamento, que juntos somam cerca de 75% (setenta e cinco por cento) das emissões nacionais.


Por possuir grande parte de sua energia sendo gerada de forma renovável e com uma matriz energética essencialmente limpa, o Brasil é um país que possui um diferencial em relação aos demais neste setor. Todavia, ressalta-se que a preservação das áreas florestais é de suma importância para toda a humanidade, sendo que estes ecossistemas realizam um papel fundamental como sumidouros de gases do efeito estufa, mitigando os efeitos adversos provocados pela emergência climática.


Confira abaixo gráfico fornecido pela plataforma SEEG que evidencia a emissão de gases do efeito estufa por setor econômico no Brasil [3]:




[3] https://plataforma.seeg.eco.br/economic_activity

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